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Roteiro 48 horas: cultura e gastronomia no Centro e na Avenida Paulista em SP

Por Walter Scheurer em 13/03/2022 às 08:35:30

* São Paulo é uma cidade plural e isso não é novidade para ninguém. Afinal, são mais de 12 milhões de moradores, mais de 90 bairros, mais de 100 museus que oferecem uma verdadeira aula de história do Brasil e do mundo, e inúmeras opções de bares e restaurantes para todos os gostos.

Programas na capital paulista não faltam. E, por isso, elaborar um roteiro para quem tem apenas 48 horas na cidade não é uma tarefa fácil. A seguir, dicas para quem vai curtir a Terra da Garoa pela primeira vez, com programas clássicos, mas que sempre são especiais.

Dia 1, aproveite o Centro

O Centro de São Paulo é de uma riqueza sem fim de história, arquitetura, gastronomia e importantes marcos da cidade. Diferente de outras grandes capitais pelo mundo, os melhores hotéis e opções de hospedagem não ficam nessa região, mas vale pegar o metrô ou um táxi para visitá-lo. Dica importante: não vá com joias e cuidado com os celulares, coloque um tênis ou sapato confortável para andar e aproveite.

Comece em um dos mais conhecidos símbolos paulistas, a Praça da Sé, que é literalmente o coração de São Paulo: ali fica o monumento do marco zero, o centro geográfico da metrópole. Quem também marca presença com sua estrutura imponente é a Catedral Metropolitana de São Paulo, a famosa Catedral da Sé.

Seu interior é majestoso, com inúmeros vitrais, pé direito alto e tetos de estrutura côncava que deixam qualquer um maravilhado. Completando o circuito da fé, não deixe de conhecer o Mosteiro de São Bento, no Largo de São Bento. É uma parada sacra que vale também para quem não é religioso, já que o local possui uma íntima ligação com a história da cidade.

Marcado pelo conjunto arquitetônico da Basílica Nossa Senhora da Assunção, do Colégio de São Bento e da Faculdade de São Bento, as construções que ali vemos hoje não são as mesmas originais de mais de 400 anos atrás: as edificações atuais datam dos anos 1910 e 1912, sendo a quarta construção no terreno. O local é lar também de ao menos 40 monges.

Não deixe de apreciar as missas com cantos gregorianos junto do som do grande órgão alemão, uma das grandes atrações do mosteiro. É de arrepiar! As celebrações ocorrem todos os dias, mas a mais tradicional – e concorrida – acontece às 10h aos domingos. Uma vez ali, vá até a Padaria do Mosteiro, que vende bolos, pães, doces e biscoitos feitos pelos monges a partir de receitas seculares guardadas a sete chaves.

Que tal um brunch no histórico e luxuoso Salão Dourado do Theatro Municipal? Mas fique atento, pois não abrem às segundas-feiras.

Salão Dourado, local onde é servido o brunch no Theatro Municipal / Divulgação

O Theatro Municipal é um dos principais palcos da cena artística e cultural da cidade: inaugurado em 1911, o projeto de Ramos de Azevedo continua conservado e ativo em sua programação. Oferecem visitas guiadas mediante agendamento.

Aliás, o Centro se tornou um verdadeiro reduto da boa gastronomia com opções para todos os gostos. Desde o premiado A Casa do Porco, sempre com filas enormes e que precisa ir com tempo para aproveitar todo o seu impecável menu-degustação; como a Z Deli e seus hambúrgueres, o Hot Pork, com os melhores cachorros-quentes da cidade, ou ainda uma refeição descontraída no Cora, restaurante urbano com uma cozinha conectada às vivências do campo no topo de um edifício revitalizado, com direito a vista para o Minhocão e o Copan. Não podemos deixar de falar também da comida brasileira do Abaru, no rooftop do Shopping Light, bem no meio do Centro histórico.

Depois vá para a Pinacoteca de São Paulo, o mais antigo museu de arte da cidade, fundado em 1905. Projetado no século 19, a construção ao lado da movimentada Avenida Tiradentes é memorável pelo estilo neoclássico com paredes em tijolos sem revestimento. Dentro, um riquíssimo acervo focado na produção brasileira do século 19, até obras contemporâneas e prestigiadas exposições temporárias.

Fachada da Pinacoteca / Levi Fanan

A Pina, como é carinhosamente chamada, fica bem em frente à Estação da Luz. Cheia de personalidade, a estação foi aberta em março de 1901 e apreciar seu interior é como viajar no tempo! O ar nostálgico se dá pela arquitetura aos moldes de estações inglesas e só somos lembrados que estamos no século 21 pelo vai e vem de trens urbanos e de carga que passam por ali.

Para fechar com chave de ouro, vá ao Farol Santander, uma construção com 161 metros de altura, 35 andares e mais de mil janelas que fazem do Edifício Altino Arantes, antes conhecido como "Banespão", um dos cartões postais mais famosos da cidade.

Seu interior guarda um acervo de memória e exposições temporárias ao longo dos andares. Logo no salão de entrada, um impressionante lustre de cristal de quase 13 metros, artefato estonteante de se ver. Um dos andares mais concorridos é o 26º: ali, fica o mirante, que possui uma bela vista de São Paulo e, com indicações nos vidros, informa os turistas sobre pontos importantes – é possível vislumbrar lá do alto o Vale do Anhagabaú, o Viaduto Santa Ifigênia, o Pico do Jaraguá, entre outros marcos.

Termine o dia com um bom drinque e petiscos no Bar do Cofre, no subsolo do Farol Santander. O bar está instalado dentro do cofre do antigo Banco do Estado de São Paulo, e manteve as características originais, como portas circulares feitas de concreto e aço reforçado, além de pisos e paredes de mármore. Um verdadeiro hotspot para amantes da boa coquetelaria.

Ambiente do Bar do Cofre, no subsolo do Farol Santander / Ligia Skowronski



Fonte: CNN Brasil

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