* A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o novo corte da Selic, a taxa básica de juros do país, é insuficiente para impedir a queda da atividade econômica.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promoveu nesta quarta-feira (1º) um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, que passa de 12,75% para 12,25% ao ano.
"A queda da Selic não é suficiente para impedir custos adicionais e desnecessários em termos de atividade econômica. Tenho a plena convicção de que a queda de juros não está na velocidade que nós precisamos. Na verdade, estamos em uma armadilha, porque a nossa taxa Selic atingiu um patamar bastante desestimulante. Entendo que não é possível fazer uma queda abrupta, mas o Banco Central poderia ser um pouco mais desafiador e ter iniciado uma redução mais acelerada", afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, em nota da entidade.
Ainda assim, ele avalia que o cenário da inflação segue favorável em 2023.
O corte na Selic era esperado pelo mercado financeiro e pelo mundo político, em meio à apreensão com a política fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão desta quarta é uma continuação do corte da Selic por parte do Copom, já sinalizado na ata da última reunião, em setembro.