* A palmitoiletanolamida (PEA) surge como uma substância de destaque devido ao seu potencial terapêutico em diversas áreas médicas. Descoberta há mais de seis décadas, a PEA é encontrada em alimentos como gema de ovo e farinha de amendoim e é produzida endogenamente no corpo humano.
Sua ação, muitas vezes comparada aos canabinoides, a coloca como uma alternativa intrigante para doenças que vão além da dor e inflamação. No entanto, o reconhecimento de seu vasto potencial ainda não é amplo entre os profissionais de saúde.
A PEA é um composto natural classificado como um canabimimético, ou seja, imita os efeitos dos canabinoides sem ser derivado da planta Cannabis. Esses compostos interagem com receptores e vias metabólicas similares, contribuindo para a regulação da inflamação e a dor.
Este composto é sintetizado em diversas células do corpo, como neurônios e células imunológicas, especialmente em resposta a estímulos inflamatórios ou lesões. Devido a essas características, tem ganhado atenção por suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.
A PEA tem sido objeto de estudos que destacam sua eficácia no alívio de condições como dor neuropática e inflamação crônica. Pesquisas indicam que, em doses adequadas, a substância é bem tolerada, com poucos efeitos adversos.
Apesar de sua descoberta há décadas, o papel da PEA em decorrência de suas propriedades medicinais tem sido reavaliado. Estudos recentes focam não apenas sua ação nos sistemas neurológico e inflamatório, mas também em outras condições, como glaucoma e gripes.
Outro campo promissor envolve o uso da PEA em conjunto com outras terapias para melhorar resultados em diversas condições médicas, demonstrando uma abordagem complementar às práticas existentes no tratamento de inflamações e distúrbios neurológicos.
Apesar das evidências crescentes sobre seus benefícios, ainda é necessário mais investimento em pesquisa clínica completa. No entanto, sua classificação como nutracêutico — compostos benéficos para a saúde naturalmente encontrados em alimentos — pode limitar financiamentos de grandes empresas farmacêuticas para registros formais como medicamento.
Assim, enquanto a PEA tem um potencial inegável, sua jornada para se firmar como tratamento aceito em clínicas exigirá mais tempo e estudo. Por enquanto, permanece como uma opção de interesse crescente para aqueles interessados nas fronteiras da ciência médica e no uso de terapias naturais em práticas clínicas.
Fonte: Terra Brasil Notícias