* O Brasil atravessa um período de intensas turbulências econômicas, destacando-se pela elevação inédita do dólar, que nesta quinta-feira (28/11) ultrapassou R$ 6. Com o mercado reagindo de forma cautelosa ao pacote de ajuste fiscal apresentado pelo governo, as incertezas sobre as finanças do país se ampliaram. Essa nova cotação, a mais alta desde a implementação da moeda em 1994, reflete um cenário complexo para a política econômica brasileira.
Nesta manhã, o dólar à vista atingiu R$ 6,0004, consolidando um aumento significativo. A alta repercute não somente no poder de compra da população, mas também nas estratégias de investimento e no mercado financeiro como um todo. Nesse contexto, medidas governamentais e fatores externos desempenham papel fundamental na volatilidade observado.
A resposta do mercado ao anúncio das reformas fiscais foi marcada por ceticismo. O dólar registrou uma escalada de 1,33%, enquanto a bolsa de valores, o Ibovespa, enfrentou uma queda de mais de 1%, posicionando-se em 126 mil pontos. A situação foi agravada pela menor liquidez, influência do feriado nos Estados Unidos, que aumentou ainda mais a volatilidade no mercado financeiro brasileiro.
Estas reações refletem as dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir suas metas fiscais e estabilizar a economia. As medidas anunciadas, em grande parte, não foram vistas como suficientes para enfrentar os desafios econômicos atuais, amplificando o ceticismo dos investidores.
O pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem como objetivo inicial economizar R$ 71,9 bilhões até 2026. No entanto, as medidas foram consideradas insuficientes e contraditórias por alguns especialistas econômicos. Entre os principais aspectos do pacote estão:
A proposta de isenção do IR é vista por muitos como contraditória ao objetivo de equilíbrio fiscal. As críticas centram-se na percepção de que a medida poderá aumentar o risco de desequilíbrio nas contas públicas, afetando as metas de déficit fiscal para 2025. A previsão de aumento da taxa Selic para 14,25% também acrescenta uma camada de preocupação ao cenário econômico.
Especialistas apontam que, sem ajustes que fortaleçam a arrecadação de forma consistente, as ações do governo podem não ser suficientes para estabilizar a economia no médio prazo. O mercado segue atento às próximas movimentações e espera por medidas mais robustas que tragam segurança e confiança aos investidores e à população.
Fonte: Terra Brasil Notícias