O presidente Donald Trump anunciou o fechamento da USAID, a agência americana de desenvolvimento internacional. A decisão veio após a descoberta de que a agência financiava projetos de esquerda globalmente, sob o pretexto de combater a fome e promover vacinação em países em desenvolvimento.
O Brasil foi um dos alvos da USAID. A Abin, Agência Brasileira de Inteligência, investigou as atividades da agência no país, produzindo relatórios em 2012 que revelam detalhes preocupantes.
Um relatório da Abin, obtido pela revista Oeste, expõe a infiltração da USAID no Amazonas para financiar ONGs com posições contrárias aos interesses do governo brasileiro. Segundo o documento, essas ações configuram interferência externa.
"No que diz respeito ao Estado do Amazonas, a atuação das ONGs nacionais que recebem financiamentos da Usaid, norteada por objetivos de política externa do governo dos EUA, configura tentativa de interferência externa em assuntos nacionais." concluiu a Abin.
Pelo menos seis ONGs, todas com sede fora do Amazonas, foram citadas como beneficiárias de fundos da USAID: Kanindé, IEB, Equipe de Conservação da Amazônia, Imazon, Instituto Floresta Tropical e Instituto de Pesquisas Ecológicas. Kanindé e IEB receberam mais de R$ 12 milhões da Fundação Moore em 2004, um grupo progressista dos EUA.
Em 2010, Kanindé e IEB mobilizaram indígenas contra a pavimentação da BR-317, rodovia que liga o Acre à Interoceânica. Os protestos só cessaram após acordo entre o governo estadual e as ONGs.
"Tais ONGs buscam influenciar organizações indígenas e povos tradicionais no sentido contrário ao da construção de obras de infraestrutura projetadas pelo governo brasileiro para a região." declarou a Abin em seu relatório.
A Abin destaca o projeto Iniciativa para a Conservação da Bacia da Amazônia (ABCI), que, segundo a agência, buscava fortalecer organizações indígenas e monitorar desmatamento, contrapondo-se a projetos de infraestrutura do governo brasileiro.
O Imazon, financiado pela USAID, utilizava imagens de satélite do projeto Landsat dos EUA para monitorar a Amazônia. A Abin afirma que esse monitoramento, com financiamento estadunidense, representa mais uma forma de interferência externa.
Para a Abin, a atuação dessas ONGs, financiadas pela USAID, configura uma clara tentativa de interferência externa nos assuntos internos do Brasil, especialmente na região amazônica.
*Reportagem produzida com auxílio de IA