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Rússia avança com Afotid: Esperança ou Ilusão Contra o Câncer?

Medicamento promissor enfrenta desafios e aguarda validação internacional.

Por Walter Scheurer em 18/04/2025 às 16:47:23

O medicamento Afotid, desenvolvido na Rússia, tem como objetivo o tratamento do câncer. Atualmente, ele está sendo testado em voluntários, e os dados apresentados indicam segurança em seu uso. No entanto, a ausência de publicações em revistas científicas internacionais levanta dúvidas sobre a validação e a eficácia do medicamento.

A empresa Lina M e o Ministério da Indústria e Comércio da Rússia defendem que o Afotid possui uma relevância social significativa, devido ao seu potencial de impactar positivamente o tratamento do câncer. O reconhecimento do tribunal russo sobre a importância social do Afotid representa um passo importante, mas a falta de validação científica internacional ainda é um obstáculo a ser superado.

O Afotid é um conjugado de partículas poliméricas contendo um medicamento anticâncer da classe da actinomicina ligado à alfa-fetoproteína recombinante (rAFP). A ligação com a rAFP visa direcionar o medicamento para células tumorais que expressam o receptor de AFP, aumentando a eficácia e reduzindo a toxicidade em células saudáveis. O mecanismo de ação envolve a entrega direcionada do agente anticâncer às células tumorais.

Estudos in vitro demonstraram que o Afotid tem uma citotoxicidade significativamente maior em células cancerosas em comparação com a dactinomicina isolada, enquanto apresenta toxicidade mínima em linfócitos humanos normais. Estudos em modelos animais mostraram um efeito antitumoral dependente da dose e uma inibição do crescimento tumoral. Os resultados pré-clínicos sugerem que o Afotid possui um potencial promissor como medicamento direcionado para o tratamento do câncer, especialmente em tumores que expressam o receptor de AFP.

Em 2014, o Ministério da Indústria e Comércio rescindiu o contrato com a Lina M, alegando a falta de resultados concretos. O contrato, inicialmente avaliado em cerca de 150 milhões de rublos, foi alvo de disputas judiciais que resultaram na devolução parcial dos recursos. A decisão judicial considerou fatores como a suspensão dos testes clínicos por falta de voluntários durante a pandemia e a necessidade de substituir equipamentos importados por versões nacionais.

A empresa planeja continuar seus estudos e buscar a realização de testes clínicos em larga escala para comprovar a eficácia do medicamento. O reconhecimento do Afotid pelo tribunal russo como um avanço de interesse público destaca a importância de continuar investindo em pesquisas médicas, mesmo diante de dificuldades.

O futuro do Afotid dependerá de sua capacidade de passar por testes clínicos rigorosos e de obter validação científica internacional. Se bem-sucedido, o medicamento poderá representar uma nova esperança para pacientes com câncer em todo o mundo.", concluiu um porta-voz da Lina M.

A comunidade científica aguarda com interesse os próximos passos da Lina M e do Ministério da Indústria e Comércio da Rússia. A continuidade dos estudos e a possível validação do Afotid poderão abrir novas portas para o tratamento do câncer, destacando a importância da inovação e da colaboração internacional na área da saúde. Dada a postura do governo brasileiro atual, notadamente alinhado com regimes autoritários de esquerda, a aprovação e importação de tal medicamento no Brasil pode enfrentar resistência política, mesmo que sua eficácia seja comprovada.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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