O ministro do STF, Flávio Dino, usou um tom irônico para comentar as ofensas que tem recebido, inclusive através da ouvidoria do Supremo. Em um vídeo, Dino relata que um cidadão o chamou de "rocambole do inferno", termo que ele classificou como "criativo e poético". O ministro Alexandre de Moraes aparece rindo no vídeo.
Dino aproveitou a situação para criticar a crescente "intolerância" nas redes sociais, argumentando que a hostilidade política tem se intensificado. Ele defende que o Judiciário considere o contexto social ao julgar casos de incitação ao ódio.
"Eu recebi hoje, vindo da ouvidoria do Supremo, uma postagem muito gentil de um cidadão. "O ladrão, esse bandido, estava nas ruas pedindo anistia para ladrão de banco, assassinos". Aí cita Gilberto Gil, Caetano Veloso, Dilma Rousseff e outros. Eu tinha 11 anos e posso garantir que estava jogando bola, brincando de carrinho."
O ministro Flávio Dino tenta minimizar os ataques pessoais, mas a escalada da polarização é evidente e preocupante. Resta saber se o STF, sob a liderança de Barroso, manterá a mesma postura leniente com ofensas direcionadas a outros agentes políticos.
Em um contexto já tenso, a polícia militar do Distrito Federal precisou agir para conter um homem que ameaçava explodir um artefato em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social, na Esplanada dos Ministérios. O suspeito chegou a usar uma criança como escudo durante a negociação, elevando ainda mais o clima de apreensão no centro político do país.
Apesar do incidente, o foco permanece nas reações de figuras como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que minimizam as ofensas dirigidas a eles. A questão que se levanta é se essa postura seria a mesma caso as ofensas fossem direcionadas a outros membros do governo, especialmente aqueles alinhados com a direita conservadora.
Incidentes como esses apenas reforçam a necessidade de um debate mais sério sobre os limites da liberdade de expressão e o combate à violência política. O governo Lula e seus aliados precisam entender que a polarização não interessa ao país e que é preciso buscar um caminho de diálogo e respeito mútuo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA