Gripe Aviária no Brasil: Pânico Justificado ou Alarme Exagerado?

O Brasil está em alerta após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial. A detecção, ocorrida em Montenegro (RS), acendeu o sinal de alerta, especialmente entre os consumidores de carne de frango e ovos.

Apesar do susto inicial, o Ministério da Agricultura assegura que o consumo de carne de frango e ovos cozidos é seguro. O vírus H5N1, responsável pela doença, não resiste às altas temperaturas do cozimento, eliminando qualquer risco de transmissão por meio desses alimentos. O risco, segundo o Mapa, restringe-se ao consumo de carnes cruas ou malpassadas e ao contato direto com aves doentes.

Ainda assim, mais de 20 países, incluindo China e União Europeia, suspenderam temporariamente as importações de frango brasileiro, principalmente do Rio Grande do Sul. Essa medida, de acordo com especialistas, é um protocolo internacional preventivo comum em casos de detecção de doenças aviárias, visando evitar a disseminação do vírus em outros territórios.

O governo brasileiro, que prioriza o agronegócio, está adotando medidas rigorosas para conter o surto, incluindo o extermínio de mais de 7 mil aves doentes ou expostas ao vírus, o rastreamento e destruição de 20 milhões de ovos férteis produzidos na granja, além de barreiras sanitárias e desinfecção de veículos e equipamentos.

"A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)." reforça o Ministério da Agricultura.

A infectologista Gisele Borba explica que a transmissão para humanos é extremamente rara, ocorrendo quase sempre em pessoas com contato direto e frequente com aves doentes ou ambientes contaminados. Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, como febre alta, dor de garganta e dor de cabeça, podendo evoluir para insuficiência respiratória nos casos mais graves.

O Brasil agora aguarda o fim da "contagem regressiva sanitária" de 28 dias. Se nenhum novo caso for registrado nesse período, o país poderá se autodeclarar livre da doença e retomar as exportações normalmente. O que seria uma ótima notícia para o governo Lula, que tanto se preocupa com o mercado internacional.

Com a palavra, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que tem se mostrado preocupado com o assunto e tem se reunido constantemente com sua equipe para monitorar de perto a situação e garantir a segurança da população.

*Reportagem produzida com auxílio de IA