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Integrante do PCC que planejou ataque a Moro teve mesmo advogado de filho de Lula

Uelinton, conhecido como "Forjado", integra a alta cĂșpula do PCC e foi preso em 2019 pelo crime de lavagem de dinheiro. Segundo o MPSP, o grupo do criminoso movimentou ilegalmente cerca de R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2019.

Por Walter Scheurer em 27/03/2023 às 17:17:20

Patric Uelinton Salomão, um dos criminosos apontados pela PolĂ­cia Federal (PF) como responsĂĄveis por planejar ataque contra o senador Sergio Moro (União-PR), foi defendido pelo mesmo advogado que atendeu um dos filhos do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) em uma ação da Lava Jato.

Uelinton, conhecido como "Forjado", integra a alta cĂșpula do PCC e foi preso em 2019 pelo crime de lavagem de dinheiro. Segundo o MinistĂ©rio PĂșblico de São Paulo (MPSP), o grupo do criminoso movimentou ilegalmente cerca de R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2019.

Nesse caso, ele foi defendido pelo advogado criminalista FĂĄbio Tofic, que alegou que o nome de Uelinton havia sido usado de maneira errônea durante as investigações contra o PCC. Com isso, Patric ficou livre da acusação e conseguiu liberdade após decisão do juiz Thiago Baldini De Filipp, da 1ÂȘ Vara de Crimes TributĂĄrios, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

O advogado FĂĄbio Tofic tambĂ©m foi um dos advogados de defesa do empresĂĄrio FĂĄbio Luis Lula da Silva, o Lulinha, em uma investigação sobre supostos repasses ilegais da Oi para as empresas do grupo Gamecorp, entre 2004 e 2016.

Na Ă©poca, a força-tareda da Lava Jato identificou crĂ©ditos feitos pela Telemar/Oi em favor do grupo Gamecorp que somam R$ 132 milhões. A Procuradoria chegou a apontar que parte desses recursos foi usada para comprar o sĂ­tio de Atibaia, no interior de São Paulo, pivô da maior condenação imposta ao presidente Lula, de 17 anos de prisão. O petista sempre negou ser o dono da propriedade e teve os processos sobre o caso anulados em 2019.

No caso do processo envolvendo Lulinha, o inquĂ©rito foi arquivado pela 10ÂȘ Vara Criminal Federal de São Paulo, em janeiro de 2022, após recomendação do MinistĂ©rio PĂșblico.

Em  nota, o escritorio Tofic Simantob, Perez e Ortiz, especializado em Direito Penal, afirmou que "tem compromisso intransigente com o direito de defesa". 

Patric Uelinton no caso Moro

Segundo a PF, Patric integra a alta cĂșpula do PCC nas ruas, no grupo "Sintonia Final". Ele estaria diretamente vinculado a traficantes e fornecedores de drogas para a facção, alĂ©m de ser apontado como o principal responsĂĄvel por planejar um plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que envolvia aeronaves, blindados e metralhadoras.

Ele teria contato com Janeferson Aparecido Mariano Gomes, um dos lĂ­deres do plano do atentado contra o senador. A suspeita foi confirmada pela PF com a interceptação de e-mails, mensagens de WhatsApp e telefonemas entre os suspeitos.

Fonte: R7

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